segunda-feira, 20 de junho de 2016

Tsanipê em Ruth Albernaz: competência artística


Tsanipê  em Ruth Albernaz: competência artística


Marília Beatriz*



No poema PURIFICAÇÃO DA ESPERA revelei: “Porque a mágica não é do mágico é do olho que vê”. Parece que é exatamente isso que a artista traz em seu desdobrar trabalhos, obras e tessituras. Seus patuás apontam seu largo amor pela cultura indígena e refletem através de cores, nuances e certa energia que deles emana a possibilidade estrutural da arte reconstruir ritos e guardar a identidade. Não é possível revelar em palavras o quanto de impacto sentido nos traços bem desenvolvidos pela arte maior de Ruth Albernaz. Será que ela também carrega a magia para deixar todos encantados? Será que houve o contágio da cultura indígena em traduzir as belezas dos guardiões das florestas? O que importa agora é receber a obra de Ruth Albernaz e contemplar com atenção o que existe de belo, verdade e amor. Eis aqui a competência artística!

                    Início de noite gostosa, em maio de 2016.

*Mestre em Comunicação e Semiótica /PUC-SP e ocupante da cadeira Nº 2 da Academia Mato- Grossense de Letras. 
In: Livreto Patuá.

A imagem é parte da Exposição Patuá em cartaz no Sesc Casa do Artesão em Cuiabá - MT.